Por: Flavio Cirilo
jornalismo.aquinoticias@gmail.com
(28) 99959-6506

A entrega do Título de Cidadania Espírito-Santense ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) não foi vista com bons olhos pelo professor e vereador de Cachoeiro de Itapemirim, Diogo Lube (PP). Ele repudiou o discurso do parlamentar, que comparou professores a traficantes em ato pró-armas, no último domingo (9), em Brasília.  

“O professor no Brasil é desvalorizado. Por tempos foi chamado de doutrinador e agora é chamado de traficante. E o pior, recebeu agora lá na Assembleia Legislativa do Espírito Santo um título. Um cara que vai e chama um professor de traficante, recebe título aqui no nosso Estado. Eu acho que o Espírito Santo, o Pai e o Filho devem estar muito envergonhados com isso, porque a gente não tem vontade de dizer amém”, disse o vereador.   

Sobrou para todo mundo do PL

E a bronca do Diogo Lube não ficou restrita apenas ao discurso do bolsonarista. Ele estendeu a crítica à legenda, com todo respeito, claro.   

“O que a gente tenta fazer, em alguns momentos, é fazer com que os professores e alunos sejam vistos pela sociedade, de fato, como seres importantes e não como traficantes, como disse o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), ao qual também eu manifesto o meu repúdio. Faz parte infelizmente desse povo do PL, com todo respeito, falar demais. Não é à toa que o grande líder deles está inelegível”, ressaltou.

Onde há fumaça, há fogo?

Já que estamos falando de Lube e PL, é importante ressaltar que o nobre vereador não compareceu ao encontro do seu partido, o Progressistas, realizado no sábado (8), na Câmara Municipal de Cachoeiro.

O fato causou estranheza e levantou suspeitas quanto a permanência do vereador na legenda. Não se sabe ainda se uma coisa tem a ver com a outra, mas um dos caciques do Progressistas já declarou preferência a candidatura do vereador Juninho Corrêa, do PL, para prefeito de Cachoeiro.