A Polícia Rodoviária Federal (PRF) teve uma surpresa na manhã desta sexta-feira (26), após uma abordagem a um suspeito em um ônibus intermunicipal no Espírito Santo.

Dois agentes da PRF estavam no interior do coletivo, que seguia para Linhares, no Norte do Estado, quando perceberam que um homem apresentava atitudes suspeitas.

Durante o trajeto, ele se levantava, andava dentro do veículo, parecia estar se contorcendo e sentava novamente. O homem segurava uma sacola e que parecia estar embalando alguma substância, que naquele momento se parecida com pedra de crack.

Intrigados, os policiais resolveram pedir apoio na unidade operacional da PRF em Linhares, onde o ônibus foi abordado.

O homem, de 40 anos, foi identificado e a PRF descobriu que ele tinha recebido autorização para saída temporária do presídio de Linhares, e não retornou dentro da data limite. Ele e sacola foram revistados, mas não houve identificação de ilícito.

Como descumpriu a autorização da saída, a PRF entrou em contato com a Polícia Civil, que pediu que ele fosse levado diretamente ao presídio.

De forma integrada com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), o homem foi conduzido ao presídio. No entanto, antes da entrada na unidade, o homem foi submetido ao raio X.

Durante exame, foi identificada uma quantidade de objetos no estômago do homem, com características de droga. Esse tipo de registro de pessoas com cocaína no estômago é comum nos noticiários.

Com base nessas informações, o homem foi conduzido para o Hospital Geral de Linhares, sob sinalização de emergência, devido ao risco de vazamento da substância no estômago e a iminência de evacuação do produto.

No hospital o homem foi medicado e a PRF e a Sejus ficaram aguardando o preso expelir os produtos ingeridos. Mais de 10 horas depois, o homem deu sinais de evacuação e foi levado ao banheiro. Expelidos os produtos, o material foi recolhido e submetido ao exame para identificar sua composição.

O resultado surpreendeu os policiais: o homem é viciado em cigarro e havia engolido cerca de 500 gramas de fumo, com o objetivo de retornar ao presídio e ter um cigarrinho de palha para fumar. Ele havia engolido fumo de rolo.

Como o fato não é considerado ilícito, o homem teve se retorno para o presídio, respondendo somente pelo atraso no retorno da saída temporária.