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Cidades

Nova ferrovia Santa Leopoldina x Anchieta é apresentada no Sul Capixaba

O investimento de R$ 6 bilhões, a ser realizado pela Vale, prevê uma linha tronco com extensão de cerca de 80 quilômetros entre os dois municípios

Por Redação

3 mins de leitura

em 17 de ago de 2023, às 11h35

Foto: Leonardo Tononi/Governo do Espírito Santo

Os empreendedores do sul capixaba conheceram nesta quarta-feira (16) o projeto da nova ferrovia que vai ligar Santa Leopoldina a Anchieta. A apresentação do Projeto Ferroviário “Ramal Anchieta” aconteceu na Fazenda Ponta Ubu, no município. Estiveram presentes o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, diretores da mineradora Vale e dirigentes do movimento empresarial ES em Ação, lideranças municipais e integrantes da Associação de Empresários de Anchieta (AEA) e do Guarapari em Ação.

O investimento de R$ 6 bilhões, a ser realizado pela Vale, prevê uma linha tronco com extensão de cerca de 80 quilômetros entre os dois municípios, assim como uma conexão de mais 20 quilômetros com o Porto de Ubu e pátio ferroviário. O traçado passará pelos municípios de Santa Leopoldina, Cariacica, Viana, Vila Velha, Guarapari e Anchieta.

“A construção deste modal está em sintonia com o propósito do Governo do Estado de materializar o desenvolvimento capixaba. A ferrovia vai conectar um dos mais importantes complexos siderúrgicos do mundo, localizado aqui no Espírito Santo, e servirá aos outros segmentos industriais e comerciais que mantêm relação com a região Centro Oeste. Sinaliza para nós, um investimento estruturante muito importante e que virá acompanhado de novas oportunidades”, disse o vice-governador e secretário de Desenvolvimento.

A diretora de Regulatório e Projetos de Infraestrutura da mineradora, Daniella Barros, afirma que a implantação do ramal é um investimento bilionário da empresa em parceria com os governos federal e estadual. “Esse ramal vai trazer a indução da economia e cargas. Estamos trabalhando para ter uma carga âncora, que é o minério, possivelmente até impactar positivamente essa marca. Procuramos fazer o projeto de modo que ele ficasse mais viável em termos técnicos e de segurança”, declarou.

Os principais desafios são licenciamento ambiental e desapropriação. A diretora da Vale indica que será necessário a parceria de toda a sociedade e governos. “A gente estima que, em dois anos, já tenhamos todos esses estudos prontos e licenciados. A partir daí, em seis meses, a Vale está pronta para entrar e iniciar [as obras]. Estimamos um prazo de cinco anos para implantação”, projetou Daniella Barros.

O diretor da Regional Sul do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon) e integrante AEA, Antônio Carlos Caiado, declarou que a implantação do Ramal é a concretização de um desejo antigo dos empreendedores da localidade. “Estamos animados! Queremos investir e estamos participando de tudo, colaborando no que for possível. A proposta que está feita para trazer esse ramal até Ubu e depois prosseguir até o Rio de Janeiro. Ter essa ferrovia funcionando é trazer para nós certeza de um futuro muito promissor para nossa região. O nosso vice-governador é uma peça fundamental nesse processo e vejo que a gente tem tudo para poder fazer funcionar. Tivemos a chance de participar desde o início do projeto e agora durante o processo é fundamental para que os empresários se estruturem”, afirmou Caiado.

Conexão com o Rio de Janeiro

Além da implantação do Ramal Anchieta, a Vale se comprometeu voluntariamente a doar o projeto básico do segundo trecho da ferrovia, ligando Anchieta a Presidente Kennedy. Um trecho de 87 quilômetros, que representa parte da EF-118. O projeto básico é fundamental para viabilizar investimentos desse porte, tanto na priorização de ações junto aos órgãos públicos quanto na atração de parceiros e investimentos para sua construção.

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