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Saúde e Bem-estar

Câncer de próstata: como as consultas de rotina podem reduzir mortes?

Especialistas destacam a importância do rastreamento e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, pois ele não apresenta sintomas em sua fase inicial

Por Redação

4 mins de leitura

em 02 de nov de 2023, às 09h26

Foto: Marijana/Pixabay

A cada 38 minutos, um homem morre no Brasil devido ao câncer de próstata, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Um dos principais obstáculos para a redução desse índice é o fato de a doença ser silenciosa, não apresentando sintomas claros em sua fase inicial.  

Por isso, no Novembro Azul, mês mundial de combate ao câncer de próstata, médicos da Unimed Vitória ressaltam que é fundamental que os homens façam consultas de rotina, a fim de prevenir e diagnosticar o câncer precocemente.  

“Urina e sêmen com sangue, esforço e dificuldade para urinar, emagrecimento, dores ósseas e sensação de não esvaziar a bexiga são sintomas que surgem quando o câncer de próstata já está em um estágio mais avançado. E quanto mais avançado, ou seja, mais espalhado e fora da próstata ele está, mais difícil é o tratamento”, alerta o urologista Bruno Costa do Prado.  

Por outro lado, a oncologista Caroline Secatto reforça que, quanto mais cedo é o diagnóstico, maior a chance de cura. “No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). Embora seja uma doença que acomete muitos homens, mais de 90% dos casos têm chances de cura quando detectados no início.  

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E como fazer isso? Justamente por meio das consultas de rotina. Segundo Bruno Costa Prado, a partir dos 50 anos, todos os homens devem fazer o rastreamento do câncer de próstata. O rastreio pode ser interrompido a partir dos 70 anos.  

“Esse rastreamento é feito tanto por meio do exame de sangue PSA quanto por meio do toque retal, que é realizado no consultório médico. Quando o homem faz parte do grupo de risco para o câncer de próstata, esses exames devem começar a ser feitos a partir dos 45 anos”, indica o urologista.  

Caroline Secatto elenca os principais fatores de risco para o câncer de próstata: 

– Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. 

– História de câncer na família: homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos. 

– Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal elevado; 

– Homens negros: pacientes negros têm mais chances de desenvolver uma versão mais agressiva do câncer por questões genéticas; 

Quando os exames apontam para a suspeita de câncer, a confirmação do diagnóstico é feita com a realização da biópsia. Bruno Costa do Prado aponta ainda que novas tecnologias amplia as possibilidades de detecção precoce, como é o caso da biopsia guiada pelos resultados da ressonância multiparamétrica da próstata.  

“Ela contribui na avaliação prostática, aumentando as chances de diagnóstico de lesões mais agressivas e que requerem tratamento. Ao mesmo tempo, auxilia na decisão pela não realização da biópsia em homens de baixo risco de doença clinicamente significativa”, diz o médico.  

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Outros benefícios 

Os benefícios de manter as avaliações preventivas vão muito além, já que por meio delas os médicos são capazes de identificar outros problemas para além do câncer. Bruno Costa do Prado aponta que outra doença muito comum em homens e que pode apresentar os mesmos sintomas do câncer é a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP).  

“Trata-se do aumento do volume da glândula da próstata e é uma das doenças mais frequentes nos homens. O tratamento é feito por meio de remédios ou por cirurgia”, esclarece Bruno.  

Ainda segundo o médico, é importante que, independentemente do tipo de diagnóstico, ele deve ser acompanhado por um especialista, que poderá avaliar, junto ao paciente, qual a melhor forma de tratamento.  

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