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Saúde e Bem-estar

Prematuridade: sêxtuplos completam um mês e ainda enfrentam desafios

Os bebês prematuros necessitam de mais cuidados, com atendimento multidisciplinar tanto no ambiente hospitalar, quanto após a alta

Por Redação

4 mins de leitura

em 01 de nov de 2023, às 16h26

Foto: Divulgação

A cada dez bebês que nascem no mundo, um é prematuro. A estimativa é da Organização Mundial de Saúde (OMS) e diz respeito as crianças nascidas com menos de 37 semanas de gestação.  Dentro desse universo há ainda os prematuros extremos, aqueles nascidos com menos de 28 semanas de gravidez. Bebês como os gêmeos Théo, Henry, Lucca, Maytê e Eloá, que nesta quarta-feira (01) completam um mês de vida.

Para qualquer criança, o desejado é sempre que o nascimento aconteça com 40 semanas de gestação. Mas quando falamos de gravidez múltipla, é quase inevitável que o parto ocorra de forma prematura. A neonatologista do Vitória Apart Hospital, Juliana Neves, explica que esse é um dos fatores de risco para a prematuridade, mas não o único.

“Quanto maior a quantidade de bebês, maior o risco porque o tamanho do útero e o peso dos bebês aumentam a pressão sobre o colo uterino favorecendo o trabalho de parto prematuro. Mas também podemos destacar a realização inadequada do pré-natal, infecções maternas na gestação, idade reprodutiva avançada, uso de bebida alcoólica, drogas ilícitas e tabagismo, além de doenças crônicas maternas ou próprias da gestação, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, como fatores de risco que podem levar a um parto prematuro”, esclarece a pediatra.

Bebês prematuros costumam ficar bastante tempo na Unidade de terapia intensiva neonatal (Utin), isso acontece porque é necessário que as crianças ganhem peso e recebam todo o suporte necessário. Quanto mais prematuro for o bebê, mais imaturos serão os seus órgãos e maior será o risco de complicações.

“A prematuridade, principalmente a extrema, está associada a atraso no desenvolvimento neurológico e motor da criança, além de maior susceptibilidade a infecções, problemas respiratórios, cardiológicos e diversas alterações em outros órgãos. Os bebês prematuros necessitam de mais cuidados, com atendimento multidisciplinar tanto no ambiente hospitalar, quanto após a alta”, afirma a médica.

 A presença dos pais

Atualmente, 12 bebês prematuros estão internados na Utin do Vitória Apart Hospital, na Serra, enquanto quatro são acompanhados na Utin do São Bernardo Apart Hospital, em Colatina. Nos hospitais do grupo Athena Saúde, a visita dos pais é sempre bem-vinda e muito recomendada.

“A presença dos pais na Utin é importante para a criação do vínculo família- bebê, estando o colo (canguru) associado a melhora imunológica do recém-nascido, menor tempo de internação, melhor controle térmico, aumento da produção láctea da mãe e menos choro”, esclarece Juliana.

Leia também: Sêxtuplos de Colatina: pais divulgam fotos com bebês no colo

A alta

Para qualquer família com bebê prematuro, a alta hospitalar é sempre o momento mais esperado. Mas isso, depende da evolução de cada criança.

“Precisamos respeitar o tempo do recém-nascido e dar o máximo de suporte e cuidado possível para que ele possa se desenvolver bem, como se estivesse ainda no útero materno. Na Utin, respeitamos a individualidade e peculiaridade de cada um. Na maior parte dos casos, para ter alta, o bebê precisa ter peso maior que 2kg, alimentação bem estabelecida, estabilidade hemodinâmica, com respiração adequada, sinais vitais normais, sem intercorrências, e idade gestacional corrigida maior que 35 semanas. Lembrando que cada bebê tem sua individualidade, podendo alguns precisar de maior suporte para alta hospitalar”, avisa.

Bebês múltiplos seguem na Utin

Nesta quarta-feira (01), os bebês múltiplos completam um mês. Theo, Henry e Maytê seguem na Utin do Vitória Apart Hospital e são acompanhados de perto por uma equipe especializada.  Theo passou por uma cirurgia cardíaca, tem recebido nutrição por via endovenosa e por sonda, segue intubado e continua realizando diálise. Henry respira com auxílio de Cpap, recebe alimentação por sonda e já teve a diálise suspensa. Maytê também tem recebido alimentação por sonda e respira com auxílio de Cpap.

Os bebês Eloá e Lucca permanecem estáveis na Utin do São Bernardo Apart Hospital, em Colatina. Eles seguem em acompanhamento multidisciplinar, sem necessidade de transferência. Eloá e Lucca têm recebido nutrição por sonda e também leite materno.

O crescimento dos bebês nos últimos 30 dias:

Peso e tamanho ao nascer

Théo – 1.030g / 38 cm

Matteo – 875g / 36 cm

Henry – 820g / 34 cm

Maytê – 950g / 33 cm

Lucca – 800g / 35 cm

Eloá – 635g / 31 cm

Peso e tamanho hoje

Théo – 1.500g / 38 cm

Henry – 1.040g / 38 cm

Maytê – 915g / 39 cm

Lucca – 1.094g  / 39,5 cm

Eloá – 974g / 34 cm

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