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Economia

Setor atacadista do ES gerou mais de 4,5 mil empregos em 9 meses

A terceira edição do relatório econômico Atacado em Perspectiva, lançada em novembro, mostra que foram registradas 4.588 novas contratações entre janeiro e setembro

Por Redação

4 mins de leitura

em 27 de nov de 2023, às 14h26

Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

Impulsionado por um cenário de estabilidade de preços e consequente queda na taxa básica de juros (Selic), o setor atacadista do Espírito Santo apresentou saldo positivo de 502 novos empregos formais em setembro de 2023, segundo os dados do novo Caged. A terceira edição do relatório econômico Atacado em Perspectiva, lançada em novembro, mostra que foram registradas 4.588 novas contratações entre janeiro e setembro.

A edição também destaca a importância do comércio atacadista de autopeças que, nacionalmente, tem uma participação de 6,2% no total de empresas e 10,9% no total de empregos formais da cadeia do setor. Os dados mais recentes mostram que, em 2021, eram 10,2 mil empresas e 104,4 mil empregos formais, com salário médio de R$ 2.779,96.

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No Espírito Santo, a cadeia produtiva do setor de autopeças somava, em 2021, um total de 3,3 mil empresas que juntas empregavam um total de 18,3 mil trabalhadores.

O relatório econômico Atacado em Perspectiva é disponibilizado bimestralmente pelo Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades), realizado em parceria com o Observatório da Indústria da Findes. No site do Sincades (www.sincades.com.br) também é possível acessar o Power BI, com dados e informações do setor.

A pesquisa mostra que os mais de 4,5 mil novos empregos no setor atacadista e distribuidor em 2023, no Espírito Santo, são resultados da diferença entre 23,7 mil trabalhadores admitidos e 19,1 mil desligados entre janeiro e setembro. Em comparação com o mesmo período de 2022, quando o setor gerou 3,6 mil novas vagas, o saldo de empregos cresceu 26,8%.

Os segmentos do atacado capixaba com maior número de novas contratações foram: comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (+1.260), comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial (+660) e comércio de peças e acessórios para veículos automotores (+455).

Por sua vez, o comércio atacadista de bebidas foi responsável pela maior retração do setor no ano, com saldo negativo de -160 postos de trabalho formal.

ICMS de bilhões

O bom momento para o Atacado Distribuidor do Espírito Santo também tem refletido na arrecadação de ICMS. De janeiro a setembro deste ano, o setor recolheu ao tesouro estadual o equivalente a R$ 2,9 bilhões de ICMS.

O valor representa um aumento real, ou seja, descontado o efeito da inflação, de 56,4% em relação ao recolhido entre janeiro e setembro do ano passado (R$1,9 bilhão).

Com o resultado, o atacado distribuidor do Espírito Santo respondeu por 22,5% da arrecadação total de ICMS do governo estadual (R$ 13,1 bilhões) para o período.

Expectativas positivas para 2024

Faltando pouco mais de um mês para o encerramento de 2023, a avaliação é de que algumas surpresas positivas nos principais indicadores econômico, como o aumento do PIB e queda da inflação ao consumidor no decorrer do ano, repercutiram sobre os resultados do setor atacadista. Vale destacar o processo de estabilização dos preços em nível nacional em um patamar abaixo de dois dígitos.

Para 2024, as expectativas continuam otimistas, com a projeção da inflação dentro do limite superior da meta para o ano que vem, e a taxa de juros ainda mais baixa (apesar de ainda em patamar restritivo), em 9,25% a.a.

Quanto às expectativas mais voltadas para o consumo das famílias, espera-se para o próximo ano que as contas familiares tenham sido reestruturadas por meio do Programa do Governo Federal de renegociação de dívidas, o Desenrola, e pela continuidade na redução da taxa Selic, com um possível impacto positivo sobre o mercado de crédito.

Neste caminho, espera-se uma continuidade da recuperação do poder de compra das famílias, motivada não só pela renegociação de dívidas, como também pela continuação do processo de queda da inflação nacional, e pelo mercado de trabalho favorável ainda em 2023 com as contratações de fim de ano, devido às movimentações típicas no comércio.

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