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Economia

Indústria do ES foi a segunda que mais cresceu no país em 2023

Os dados foram compilados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e fazem parte da pesquisa de Produção Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE

Por Redação

4 mins de leitura

em 12 de jan de 2024, às 16h20

Foto: Divulgação/Samarco
Foto: Divulgação/Samarco

A indústria capixaba obteve bons resultados ao longo de 2023. De janeiro a novembro do ano passado, se comparado ao mesmo período de 2022, a produção industrial do Espírito Santo cresceu 9,4%. O resultado foi o segundo melhor resultado do país e com ele o Estado ficou atrás apenas do Rio Grande do Norte (12,2%).

Os dados foram compilados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e fazem parte da pesquisa de Produção Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (12/09).

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A presidente da Findes, Cris Samorini, lembra que a indústria capixaba gerou mais de 14 mil empregos formais de janeiro a novembro do ano passado. Para ela, o Espírito Santo vem cada vez mais se consolidando como uma referência para o país e os números mostram isso. 

“Nossa economia vem crescendo de forma sustentada. Nos tornamos atrativos para empresas de outros estados e até mesmo de outros países por nosso empenho em melhorar o ambiente de negócios. Além disso, temos muitas empresas expandindo as suas plantas industriais em solo capixaba por acreditarem no potencial do Estado”, afirma.

Indústria capixaba

A gerente de Inteligência de Dados e Pesquisas do Observatório da Indústria da Findes, Suiani Febroni, explica que o resultado capixaba, no acumulado de janeiro a novembro do ano passado, foi impulsionado, principalmente, pela indústria extrativa, que cresceu 18,9% no período. 

“O avanço da indústria extrativa capixaba é explicado pelo aumento de produção em duas atividades relevantes no Estado: a pelotização de minério de ferro e a extração de petróleo e gás natural (P&G)”, aponta. 

Segundo os dados da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), de janeiro a outubro de 2023, a extração de petróleo cresceu 20,7% e a de gás natural 21,5%. Entre os motivos que explicam esse comportamento positivo do setor no Estado estão:

  • Aumento da extração no Campo Jubarte, que pode ser justificado pela retomada das operações do FPSO Cidade de Anchieta (depois do período de paralisação em 2022);  
  • Retomada da produção no Campo Golfinho, após a BW Offshore assumir as operações dos ativos vendidos pela Petrobras; 
  • Recuperação da produção de petróleo e gás onshore (em terra), com a diversificação de empresas atuantes no ES com o Plano de Desinvestimento da Petrobras; 
  • Retomada em julho de 2023 da produção no Campo Abalone, operado pela Shell, que não registrou extração em 2022

A economista pontua a produção da indústria de transformação capixaba recuou 4,9% no acumulado do ano até novembro de 2023. “Mesmo em queda, o setor minimizou parte das perdas registradas no acumulado de janeiro a outubro (-6,2%) devido à manutenção da trajetória de crescimento do setor de papel e celulose e também a reversão da queda na fabricação de produtos alimentícios”, comenta Suiani Febroni.

De acordo com a economista, a atividade de papel e celulose começou a se recuperar a partir do terceiro trimestre de 2023, motivada, entre outros fatores, pela melhora das demandas dos mercados europeu e chinês, e da ausência de parada programada nas plantas da Suzano no Estado.

“Já no caso da fabricação de produtos alimentícios, houve crescimento na produção de carnes de bovinos congeladas e de açúcar cristal. Esses produtos impulsionaram o setor em 2023”, conta.

Indústria no Brasil

De janeiro a novembro de 2023, a indústria nacional ficou praticamente estável (0,1%). O desempenho foi justificado pela queda de 0,9% na indústria de transformação, ao passo que a indústria extrativa acumulou crescimento de 6,1%. 

Das 25 atividades industriais, dez cresceram, sendo as principais influências positivas na produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6%) e produtos alimentícios (3,9%). Já as principais influências negativas vieram de produtos químicos (-5,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,8%), máquinas e equipamentos (-7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,5%),

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