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As mulheres além dos mandatos parlamentares

Na Assembleia Legislativa, elas ocupam quatro cadeiras. Com perfis e histórias diferentes, as deputadas estaduais Janete de Sá (PSB), Iriny Lopes (PT), Camila Valadão (Psol) e Raquel Lessa (PP) se desdobram em diversos papéis e funções.

Por Redação

4 mins de leitura

em 09 de mar de 2024, às 10h00

Foto: Acervo pessoal

As mulheres têm assumido cada vez mais destaque no mercado de trabalho, na política e em outros diversos setores. Entretanto, o desafio de equilibrar essas conquistas com as responsabilidades da vida pessoal e as cobranças de uma sociedade machista ainda persiste.

Na Assembleia Legislativa, elas ocupam quatro cadeiras. Com perfis e histórias diferentes, as deputadas estaduais Janete de Sá (PSB), Iriny Lopes (PT), Camila Valadão (Psol) e Raquel Lessa (PP) se desdobram em diversos papéis e funções.

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Janete

Formada em Enfermagem, com especialização em Obstetrícia e em Enfermagem do Trabalho, Janete de Sá ingressou, por concurso público, na então Companhia Vale do Rio Doce em 1975. Foi presidente do Sindicato dos Ferroviários de ES/MG por três mandatos seguidos nos anos 1990, sendo a única mulher a presidir a organização sindicalista.

Em seu sexto mandato como deputada estadual, Janete foi eleita para o cargo pela primeira vez em 2002. A deputada preside a CPI que apura casos de maus-tratos e a Comissão de Proteção e Bem-Estar Animal da Ales.

Contudo, Janete se descreve como “uma mulher normal, uma mulher do dia a dia, uma mulher simples”. É mãe, avó, sogra, irmã. Se preocupa com a família, com os afazeres da casa, cozinha, costura, gosta de fazer crochê, de ler e ir à praia.

Raquel

Graduada em Administração, a trajetória de Raquel Lessa na vida pública teve início quando foi primeira-dama do município de São Gabriel da Palha, no mandato de 1997 a 2000. Em 2004, tornou-se a primeira mulher eleita para o cargo de prefeita da cidade, sendo reeleita para o Executivo municipal em 2008. Em 2014, foi eleita deputada estadual, cargo que está ocupando atualmente pelo terceiro mandato consecutivo.

Além de parlamentar, Raquel Lessa se divide em várias funções. “São várias mulheres. A mulher-mãe, a mulher-filha, a mulher-avó, a mulher-esposa, dona de casa”. É ela quem organiza a rotina da casa, faz as compras de supermercado. Gosta de cuidar do jardim, de suas flores e orquídeas, além de aproveitar o tempo livre para curtir a família. 

Iriny

Deputada federal por três mandatos consecutivos, Iriny Lopes foi a primeira mulher eleita presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, na qual foi relatora da Lei Maria da Penha.

Em 2011, tornou-se ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Na Assembleia Legislativa, está em seu segundo mandato consecutivo. A deputada preside a Comissão de Cultura e Comunicação Social e é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos.

Para além da política, Iriny se define como “uma mulher igual a todas as mulheres”. É mãe, esposa, avó, bisavó. Cuida do planejamento da casa, vai à feira. Tem a literatura e o cinema como paixões. Gosta de cozinhar pratos gregos e italianos e de reunir amigos e familiares. 

Camila

Graduada em Serviço Social e doutora em Política Social, Camila Valadão foi presidente do Conselho Regional de Serviço Social e integrante do Conselho Estadual de Direitos Humanos. Elegeu-se vereadora por Vitória em 2020.

Foi eleita para seu primeiro mandato de deputada estadual em 2022, tornando-se a mulher com a maior votação na história da Assembleia Legislativa, com 52.221 votos.

Atualmente na Ales, preside a Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos e é membro efetivo dos colegiados de Assistência Social e de Proteção à Criança e ao Adolescente.

Quando questionada sobre a mulher por trás da deputada, Camila é direta e concisa. “Eu sou a mãe do Francisco, sou assistente social de formação, doutora em política social, militante na defesa dos direitos humanos há muitos anos no Espírito Santo. Com muito afeto e acolhendo sempre a população”.

Representatividade das mulheres

A bancada feminina no Legislativo capixaba demonstra como a diversidade enriquece o debate público e decisório.

Todavia, o processo de luta ainda é longo e diário. E as parlamentares ressaltam a importância da presença de mais mulheres nos espaços de tomada de decisão.

“Nós já conquistamos muito, mas falta muita coisa pra gente conquistar. Na política, principalmente. A mulher tem um pouco de medo de enfrentar a política, porque é um meio machista mesmo. Mas a mulher precisa ir para a política com a determinação e coragem que nós temos. Com a certeza que as mulheres fazem a diferença”, incentiva Raquel Lessa.

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