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Segurança

PC interdita empresa por suspeita de aplicar golpe em idosos no ES

A investigação apontou que a dona e uma funcionária da empresa se apropriavam das contas das vítimas e realizavam movimentações financeiras

Por Redação

3 mins de leitura

em 13 de jun de 2024, às 18h07

Foto: Divulgação/PCES
Foto: Divulgação/PCES

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Afonso Cláudio, deflagrou, nessa quarta-feira (12), a Operação Margem Furada com o objetivo de cumprir mandados judiciais expedidos pelo Juízo da Vara Única de Afonso Cláudio.

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Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar, sendo um deles numa empresa de crédito consignado, com o objetivo de apreender aparelhos celulares, computadores e documentos para corroborar com as investigações.

Segundo a Polícia Civil, durante os cumprimentos judiciais foram apreendidos os aparelhos celulares da proprietária da empresa, de uma funcionária, além de computadores, bem como caderno com anotações sobre as transações financeiras, extratos bancários e outros documentos de relevância para a investigação.

“A operação iniciou no final de 2023, quando a Polícia Civil tomou conhecimento por meio de depoimentos das vítimas, que informavam que realizavam a contratação de empréstimos consignados pela empresa, porém, os valores vinham menores, informando que a proprietária da empresa quando iria repassar o dinheiro descontava uma parte, alegando serem despesas do banco”, explicou o titular da Delegacia de Polícia (DP) de Afonso Cláudio, delegado Julio Cesar Cortina.

Ainda segundo a PC, as vítimas também tiveram seus benefícios previdenciários transferidos para outros bancos digitais. Com a portabilidade do benefício, as suspeitas passaram a ter total controle das contas das vítimas, ocasião em que faziam contratações de empréstimos bancários e transferiam o valor para suas contas pessoais e para a conta de terceiros, por meio de PIX. As vítimas não recebiam o valor contratado e ficavam com o prejuízo das prestações.

De acordo com as investigações, as suspeitas se aproveitavam da idade avançada e da falta de familiaridade dos idosos com tecnologias bancárias para aplicarem os golpes financeiros.

“Num único inquérito constam pelo menos 13 vítimas, a grande maioria de pessoas idosas, que foram ludibriadas pela empresa, e a princípio estima-se um prejuízo superior a R$ 100.000,00”, completou o delegado Julio Cesar Cortina.

Além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, também foi realizada a quebra de sigilo bancário das suspeitas, além da medida de bloqueio judicial nas contas delas, a fim de assegurar uma possível reparação dos danos sofridos pelas vítimas. Também foi aplicada a suspensão da atividade empresarial realizada pelas suspeitas.

“A Polícia Civil de Afonso Cláudio pede à população que tenha feito empréstimos consignados com a empresa que verifique seus extratos bancários para saber se não houve algum desvio de valores em suas contas”, informou o delegado Julio Cesar Cortina.

As diligências continuam, a fim de verificar outros possíveis delitos cometidos além do estelionato, como falsidade ideológica, furto mediante fraude, entre outros.

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