ads-geral-topo
Economia

Inadimplência das famílias capixabas cai após meses intensos de compras

Pesquisa aponta que o grupo com contas em atraso reduziu de 36,3% para 35,7%

Por Redação

3 mins de leitura

em 14 de ago de 2024, às 10h11

Foto: Divulgação | Agência Brasil
Foto: Divulgação | Agência Brasil

Após dois meses intensos de compras, devido ao Dia das Mães e Dia dos Namorados, a inadimplência das famílias capixabas caiu em julho, período sem datas comemorativas, passando de 36,3% para 35,7%. A quantidade de lares que não terão condições de pagar as dívidas atrasadas também diminuiu, de 19,3% para 18,6%. Já o grupo endividado, ou seja, com compromissos financeiros, se manteve estável: 90,6%.

Leia também: Gerente de facção criminosa no Rio de Janeiro é preso em Marataízes

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com análise realizada pela Assessoria Econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), a Equipe Connect.

Ao comparar os números de julho de 2024 com o mesmo mês de 2023, as famílias endividadas cresceram 2,2%. Já as inadimplentes, ou seja, com contas em atraso, diminuíram 2,9%. Quanto àquelas que não terão condições de pagar as dívidas atrasadas, houve queda de 3,1%.

O levantamento apontou ainda sobre como o endividamento ocorre, sendo o cartão de crédito a principal ferramenta. Em julho, 88,7% das famílias tinham o cartão como maior compromisso financeiro, seguido pelo crédito pessoal (10%), carnês (6,7%), financiamento da casa (6,6%) e do carro (5,9%), além de crédito consignado (6,3%). 

No mês passado, as famílias que assumiram obrigações financeiras comprometeram sua renda pelos próximos seis meses e meio, sendo que tais compromissos representaram 28,4% da renda familiar. Entre os inadimplentes, o pagamento das dívidas está atrasado há 71,9 dias.

Além disso, o perfil do endividamento por faixa de renda mostra que as famílias com menores remunerações, até 10 salários mínimos (R$ 14.120), são as que se encontram em maior dificuldade para quitar os compromissos e possuem o maior nível de inadimplência. No entanto, para essa faixa, a inadimplência mostrou queda de 0,7% em relação ao mês anterior. Já para a faixa de renda acima de 10 salários mínimos, esse indicador subiu 0,5% em julho deste ano.

As pesquisadoras responsáveis pelo Eixo Observa do Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio e Revieni Zanotelli, explicaram que o índice de endividamento capixaba ainda se encontra em níveis altos, gerando um ponto de atenção para a inadimplência futura em um momento em que o comércio se prepara para o período do ano mais aquecido para as vendas: o Natal.

Por outro lado, a queda da inadimplência no mês juntamente com o recuo da parcela da renda das famílias comprometidas com dívidas sinaliza que até o momento não houve deterioração das condições financeiras do consumidor.

“Ao avaliar em relação ao Brasil, vale lembrar que o endividamento recuou 0,3%,  passando para 78,5%. A inadimplência do país ficou estável em relação ao mês anterior, em 28,8%. Em julho, 15 das 27 unidades da federação apresentaram percentual de endividamento acima do resultado nacional, sendo o Espírito Santo com o segundo maior nível, marcando 90,6%. Para a inadimplência, foram 16 estados acima da média nacional de 28,8%, sendo o indicador capixaba o 10º do ranking (35,7%)”, observou Ana Carolina Júlio.

Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui.

ads-geral-rodape