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Política

Protocolo pode tornar escolas do Espírito Santo mais seguras

A Comissão de Educação ouviu, nesta segunda-feira (19), representante de uma empresa que trabalha na área de educação para segurança escolar. 

Por Redação

4 mins de leitura

em 19 de ago de 2024, às 18h05

Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil

A necessidade de preparar as escolas para lidarem com situações de insegurança e riscos diversos foi tema abordado na reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Espírito Santo.

O colegiado ouviu, nesta segunda-feira (19), representante de uma empresa que trabalha na área de educação para segurança escolar. 

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Diretor da instituição, Rafael Luz afirmou que é fundamental promover ações no ambiente escolar que gerem aumento do nível de segurança, mas, para isso, é preciso envolver toda a comunidade: professores, alunos, pais e colaboradores. Luz pontuou que a empresa não faz segurança nas escolas, mas atua com educação para segurança. 

As ações são desenvolvidas por meio de implementação e treinamentos constantes de protocolos para tornar as unidades de ensino locais mais seguros. São orientações a serem seguidas em situações como escola invadida; abandono da escola em casos de incêndio; gerenciamento de crises diversas e segurança escolar. Outro tema abordado é a Lei Lucas (Lei 13.722/2018), que trata de capacitação para primeiros socorros em unidades de ensino. 

De acordo com Luz, todas as informações são repassadas aos alunos e professores com adaptação da linguagem, no nível de quem está sendo treinado. Segundo o diretor, o trabalho é feito com “comunicação 100% não violenta. Para crianças usamos livros, teatro, fantoches nos treinamentos. Quando falamos com alunos de ensino médio falamos mais diretamente, mas sempre de forma lúdica e respeitosa. Dessa forma, instruímos, preparamos as escolas pra conseguir proteger os alunos”, disse. 

A empresa trabalha em unidades de ensino de seis estados brasileiros (Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte) e, segundo o diretor, tem 65 mil alunos abrangidos pelo projeto, trabalhando todos os protocolos de segurança. “Somente em 2023, tivemos mais de dez mil treinamentos. E sentimos cada vez mais o desejo da população por escolas mais preparadas, mais treinadas”, contou Luz. 

Na visão do diretor da empresa, não é possível pensar segurança nas escolas da mesma forma que se planeja segurança em banco ou mesmo segurança pública. Para ele, “são características muito particulares, um ambiente múltiplo, com alunos, profissionais e famílias muito diferentes e necessidades muito específicas… e a segurança não pode ser o protagonista da escola. O protagonista é o aluno. A segurança é uma ferramenta pra ele brilhar. A segurança é parte do processo onde o pedagógico brilha. É muito importante, mas não pode ser o principal, o principal é sempre o aluno”.

A reunião foi coordenada pelo vice-presidente da Comissão de Educação, deputado Gandini (PSD), proponente do debate. O parlamentar frisou a importância de discutir o tema segurança nas escolas em situações de normalidade. “A gente fala muito sobre o assunto quando estamos vivendo uma crise, mas é fora desses momentos que precisamos tratar da questão. Precisamos de soluções e ações a serem implementadas para garantir a segurança nas escolas em todos os aspectos”, defendeu.

Gandini afirmou saber que as escolas têm problemas financeiros, mas a segurança é uma questão fundamental, que não pode ser deixada de lado. O parlamentar lembrou ainda que existe um programa estadual de segurança escolar, feito na hora da crise, mas que agora é preciso verificar se está funcionando adequadamente.

O presidente da comissão, deputado Dary Pagung (PSB), reforçou a importância do debate fora dos momentos acalorados das crises. Pagung lembrou o caso do ataque a uma escola em Aracruz, em novembro de 2022, que deixou quatro pessoas mortas e mais de 10 feridas. O parlamentar citou que a Comissão de Educação realizou, na época, diversos debates para tratar do assunto e do plano estadual de segurança nas escolas. Mas, para Pagung, é preciso avançar nesse debate e verificar o que está dando certo ou não. E isso se faz fora dos momentos de crise. 

A reunião contou também com a participação de representantes de secretarias de Educação dos municípios de Cariacica, Viana, Vila Velha e Serra.  A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) foi convidada, mas não enviou representante para conhecer o projeto. 

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