Espírito Santo regulamenta logística reversa de medicamentos
Além de reduzir riscos à saúde pública, a logística reversa também contribui para a proteção ambiental e o cumprimento de normas regulatórias

Nesta sexta-feira (11), a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) do Espírito Santo publicou um decreto que regulamenta o descarte de medicamentos de uso domiciliar, vencidos ou em desuso, além de suas embalagens, por meio da logística reversa.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiEssa iniciativa está em conformidade com a Lei nº 9.264, de 15 de julho de 2009, e estabelece diretrizes para a implementação e operacionalização da responsabilidade pós-consumo no Estado.
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O descarte correto de medicamentos é essencial para a qualidade ambiental nas cidades. Autoridades alertam que o descarte inadequado, como jogar medicamentos no lixo comum ou no vaso sanitário, pode poluir o solo e as águas, comprometendo a saúde da população.
O novo decreto visa conscientizar os cidadãos sobre a importância de um descarte responsável, evitando assim danos ambientais e riscos à saúde pública.
O que é logística reversa?
A logística reversa, conceito central do decreto, implica que os medicamentos descartados pelos consumidores retornem à cadeia de produção e distribuição para um descarte final ambientalmente adequado.
A regulamentação impõe obrigações aos estabelecimentos que comercializam ou dispensam medicamentos, que devem dispor de pontos fixos para a coleta de medicamentos vencidos ou em desuso, com um cronograma que se estende até 2029.
O secretário de Estado do Meio Ambiente, Felipe Rigoni, destacou que o objetivo é garantir que, até 2026, todas as sedes municipais já estejam contempladas com estes pontos de coleta, promovendo assim a responsabilidade ambiental.
“A meta é termos os 78 municípios comprometidos com estas práticas conscientes e transformadoras, melhorando o comportamento das pessoas e das instituições, com os descartes corretos e garantindo saúde ambiental”, completou o secretário.
Além de reduzir riscos à saúde pública, a logística reversa também contribui para a proteção ambiental e o cumprimento de normas regulatórias. A devolução adequada de medicamentos evita a poluição causada pelo descarte incorreto, demonstrando o compromisso das empresas com a responsabilidade social e aumentando sua credibilidade perante consumidores e stakeholders.
O decreto estabelece que consumidores devem descartar os medicamentos de acordo com normas dos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e outras entidades reguladoras.
Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes também são responsabilizados por estruturar e implementar sistemas de logística reversa, garantindo que os produtos sejam tratados de maneira ambientalmente adequada, desde o recebimento até a disposição final.