Segurança

Operação da PF combate corrupção e desvio de recursos públicos no ES

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitações, peculato e associação criminosa

Por Redação

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em 13 de fev de 2025, às 09h19

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF), com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e cooperação técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE), deflagrou na manhã desta quinta-feira (13) a Operação “Anomia”, que investiga a corrupção e desvio de recursos públicos na área da saúde.

A ação envolveu 157 policiais federais e 05 auditores da CGU, que cumpriram 43 mandados de busca e apreensão nos municípios de Vila Velha, Vitória e Cariacica, bem como no Rio de Janeiro e em São Paulo, expedidos pela Justiça Federal de Vitória com o objetivo de colher elementos adicionais sobre investigados. Além disso, foram implementadas 26 ordens de sequestro/bloqueio de bens e valores, até o montante total de R$3.843.552,50.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitações, peculato e associação criminosa. As penas para esses crimes, somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

Investigação ocorre desde 2024

As investigações começaram em 2024, depois que a Polícia Federal obteve diálogos suspeitos entre um servidor público da área da saúde e empresários fornecedores de materiais hospitalares e medicamentos, no contexto da Operação Manuscrito.

A investigação apontou que empresários corromperam o servidor público por meio do pagamento de propinas na ordem de 10% dos empenhos, em troca de favorecimento em licitações direcionadas, contratações irregulares e superfaturadas.

Além disso, as apurações identificaram indícios de que os empresários, com a conivência do agente público, usavam a central de abastecimento farmacêutico do hospital público como extensão de seus estoques, retirando materiais para revendê-los a outros clientes.

A operação recebeu o nome de “Anomia”, termo que descreve um estado de desregulação social em que as normas se tornam confusas, fracas ou inexistentes. As investigações mostraram que os envolvidos ignoravam as leis ou as substituíam por regras informais criadas por eles mesmos.

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