Terminal rodoferroviário no Sul do ES: o passo rumo ao desenvolvimento
A mobilização do MESSES e o apoio das demais entidades foram essenciais para que a solicitação fosse endossada e incorporada ao documento oficial de contribuições
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Após meses de articulação, o Movimento Empresarial do Sul do Espírito Santo (MESSES) conseguiu o apoio de diversas entidades para a implantação de um terminal rodoferroviário na região. A reivindicação foi oficialmente incluída no processo da Ferrovia EF-118, um passo crucial para tornar o projeto uma realidade.
O MESSES teve um papel fundamental nesse processo, participando ativamente de reuniões com o Governo do Estado, FINDES, Fetransportes, Transcares, ES em Ação e Porto Central. Em conjunto, essas entidades elaboraram um estudo que aponta um potencial de 7,8 milhões de toneladas de carga na região, justificando a necessidade do terminal.
A mobilização do MESSES e o apoio das demais entidades foram essenciais para que a solicitação fosse endossada e incorporada ao documento oficial de contribuições enviado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
“Fazer parte de uma rede empresarial como a ES em Ação foi muito importante para essa ação, reforçando a importância do MESSES e do associativismo”, destaca Júnior Freitas, presidente do MESSES.
Impacto do terminal rodoferroviário para o Sul do ES
Para entender o impacto dessa conquista e os próximos passos, conversamos com o presidente do MESSES:
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AN – Qual o impacto esperado da inclusão do terminal rodoferroviário no planejamento da EF-118 para o desenvolvimento econômico do Sul do ES?
Júnior Freitas – Se implementado, o terminal rodoferroviário pode ser um grande avanço para a logística e o desenvolvimento do Sul do Espírito Santo. Ele reduzirá custos de transporte, aumentará a competitividade das empresas locais e facilitará o escoamento da produção. Além disso, poderá atrair novos investimentos e integrar a região aos principais corredores logísticos do país.
AN – Como o MESSES pretende atuar nos próximos passos para garantir que essa reivindicação saia do papel e se torne realidade?
Júnior Freitas – Nosso foco agora é garantir que o terminal seja incluído nos estudos da EF-118. Seguiremos mobilizando empresários, entidades e o poder público para reforçar a importância dessa infraestrutura. Vamos acompanhar de perto as definições do projeto e trabalhar para que essa demanda continue ganhando força.
AN – Quais foram os principais desafios enfrentados nessa articulação e como o apoio das entidades envolvidas fortaleceu essa conquista?
Júnior Freitas – O maior desafio foi garantir que essa necessidade fosse reconhecida como uma prioridade para o desenvolvimento regional. Conseguimos unir diversos setores em torno dessa pauta, o que foi essencial para sensibilizar as autoridades e conquistar espaço na discussão sobre a EF-118. Agora, o desafio é transformar esse consenso em um compromisso concreto dentro do planejamento ferroviário.
AN – Que mensagem você deixa para os empresários e a população do Sul do estado sobre essa vitória e os próximos desafios?
Júnior Freitas – Conseguimos avançar ao colocar essa demanda na agenda das autoridades, mas ainda há um longo caminho. Precisamos continuar mobilizados para garantir que os estudos sejam feitos e que essa infraestrutura saia do papel. A participação do setor produtivo e da sociedade será fundamental nesse processo.
AN – Na sua visão, quais setores produtivos serão mais beneficiados com essa infraestrutura e como isso pode transformar a logística da região?
Júnior Freitas – O terminal beneficiaria setores como agronegócio, rochas ornamentais, siderurgia e celulose, facilitando o escoamento da produção e reduzindo custos logísticos. Além disso, poderia diminuir a dependência do transporte rodoviário e tornar a região mais atrativa para novos investimentos.
A expectativa é que a nova estrutura impulsione a economia local, facilitando o transporte de cargas e atraindo novos investimentos para o Sul do Espírito Santo.
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