Obituário

Morre Antenor Zuccon, referência na modernização da cafeicultura do ES

Seu nome permanecerá marcado na história da cafeicultura capixaba e brasileira.

Por Redação

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em 19 de mar de 2025, às 18h08

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

Antenor Zuccon, um dos grandes nomes da cafeicultura no Espírito Santo, faleceu aos 85 anos. Figura pioneira no setor, Zuccon foi um dos responsáveis pela modernização do cultivo de café arábica no estado, contribuindo para a implantação de novas técnicas agrícolas pelo Instituto Brasileiro do Café (IBC).

Ainda na década de 1970, adotou práticas inovadoras, como o plantio em curvas de nível, o manejo eficiente de pragas e doenças, o uso de corretivos de solo e a despolpa do café, sempre mantendo um compromisso inabalável com a qualidade do produto. Em tempos em que Brejetuba ainda era um distrito isolado de Afonso Cláudio, enfrentou desafios e ajudou a desbravar a região, tornando-se uma referência para as gerações seguintes.

Homem de hábitos simples, formou uma numerosa família e sempre foi receptivo em sua casa, cercado por suas plantações, das quais cuidava com zelo. Orgulhoso de suas raízes, liderou uma geração de produtores que colocou Brejetuba no mapa da cafeicultura nacional e internacional.

Com sua partida, junta-se a outras grandes figuras do setor, como Belarmino Uliana, Geraldo Severiano, Roque Zuccon, Sebastião Badaró, Tininho Belisário, além de expoentes da cafeicultura capixaba e brasileira, como Dário Martinelli, Eduardo Glazer, Jonice Tristão, Otacílio Coser, Máximo Zandonade e tantos outros.

Além de sua atuação no Espírito Santo, expandiu sua paixão pelo agronegócio para outras regiões, como Aimorés (MG), Linhares e Cachoeiro de Itapemirim. Nos anos 1990, quando surgiram as iniciativas voltadas à qualidade do café, Zuccon abriu suas propriedades para compartilhar conhecimentos e incentivar novos produtores, sempre apoiando o desenvolvimento do setor e, de forma indireta, também a vida pública.

Seu legado permanece vivo como um dos pilares da agropecuária capixaba. A qualidade de seu café era referência, tanto que se criou o “padrão Antenor” para a produção de grãos descascados. Como comerciante, destacou-se ainda com seu armazém de estocagem e rebeneficiamento em Venda Nova do Imigrante.

Antenor Zuccon deixa a esposa, Dona Alzira, oito filhos, 23 netos e sete bisnetos. Seu nome permanecerá marcado na história da cafeicultura capixaba e brasileira.

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