MST ocupa área da Suzano em Aracruz; empresa classifica ação como ilegal
O movimento afirma que o objetivo da ocupação é denunciar crimes ambientais e os impactos do monocultivo de eucalipto na região, além de cobrar do Estado a função social e ambiental da terra.

Um grupo ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou, na manhã desta quinta-feira (13), uma área pertencente à empresa Suzano Papel e Celulose, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo.
De acordo com o MST, a ação integra a Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, realizada entre os dias 11 e 14 de março, e reúne cerca de mil participantes no local. O movimento afirma que o objetivo da ocupação é denunciar crimes ambientais e os impactos do monocultivo de eucalipto na região, além de cobrar do Estado a função social e ambiental da terra.
“A área ocupada poderia abrigar mais de 100 mil famílias e produzir alimentos para a população brasileira”, declarou o MST em nota, reafirmando o compromisso com a reforma agrária.
Suzano reage e promete medidas legais
A Suzano confirmou a invasão e declarou que a área ocupada é um imóvel produtivo de sua legítima posse. A empresa classificou a ação como ilegal e informou que está tomando medidas judiciais para a reintegração de posse e ressarcimento de eventuais danos.
Em nota, a companhia destacou que acordos vigentes entre a Suzano, o MST e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estão sendo cumpridos, mas que a ocupação pode comprometer esse diálogo.
“A invasão causa estranheza, uma vez que ocorre em um contexto de diálogo frutífero entre a empresa, o Incra e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com importantes avanços já alcançados”, afirmou a Suzano.
A empresa reiterou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a geração de empregos na região, defendendo que qualquer debate ocorra dentro da legalidade.
Findes repudia ocupação
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) também se manifestou contra a ação do MST, alegando que a ocupação viola o direito à propriedade privada e causa prejuízos econômicos e sociais.
“A empresa segue as leis brasileiras, promove o desenvolvimento sustentável e gera milhares de empregos diretos e indiretos, impactando positivamente a região”, destacou a federação em nota.
A Findes reforçou seu compromisso com a livre iniciativa e afirmou que seguirá defendendo a legalidade e o direito à propriedade.
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