Espírito Santo

Sedu realiza ‘Chamadão da EJA’ em todo o Estado

A mobilização conta, sobretudo, com busca ativa por alunos já no primeiro dia, em locais de grande circulação de pessoas

Redação Redação

Artesanato Dores do Rio Preto EJA
Alunos EJA da EEEFM Pedro de Alcântara Galveas participaram da capacitação. Foto: Sedu.

Teve início nesta segunda-feira (10) e segue até a sexta-feira (14), o “Chamadão da EJA”, em todo o Estado. A iniciativa visa atrair novos alunos para a modalidade, fortalecendo, com isso, a oferta da Educação de Jovens e Adultos no território capixaba. Atualmente, 10.677 estudantes estão matriculados na EJA regular, em 194 escolas que ofertam o programa na modalidade presencial e semipresencial.

A mobilização conta, sobretudo, com busca ativa por alunos já no primeiro dia, em locais de grande circulação de pessoas. O envolvimento das famílias também é primordial para o sucesso da ação, a ponto de a estratégia receber o nome de “Família na Escola para a EJA”. Será nesta terça-feira (11), nas escolas, em horários estabelecidos por cada uma das 11 Superintendências Regionais da Educação.

“Fazemos um convite para que essas famílias aproveitem o momento para se escolarizarem”, salienta a gerente de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Mariane Berger.

De terça-feira (11) a sexta-feira (14), das 10h às 18h, haverá um plantão tira-dúvidas sobre o programa. A “Barraquinha do Chamadão” estará localizada em frente à entrada do estacionamento da sede da Sedu, na Rua Misael Pedreira da Silva, Santa Lúcia, Vitória.

A busca ativa por novos estudantes segue na quarta-feira (12), às 17h, com o “AdesivEJA”, nos pontos de ônibus próximos à secretaria, nesse caso, na Avenida Vitória.

Na quinta-feira (13), às 9h e às15h, haverá panfletagem na região da Sedu. “O objetivo é estar ainda mais próximo das pessoas, falando sobre a EJA, sobre a importância do programa e como acessar”, reforça Mariane Berger.

Saiba mais sobre a EJA

Para ingressar na EJA, o aluno interessado deve ter 15 anos, no caso do Ensino Fundamental, e 18 anos, para o Ensino Médio. As matrículas podem ser feitas em qualquer época do ano, em uma das 175 escolas localizadas em 75 municípios capixabas que ofertam a modalidade na forma presencial.
As matrículas podem ser feitas em qualquer época do ano nas escolas que ofertam a EJA com os seguintes documentos: CPF, identidade, certidão de nascimento ou casamento, comprovante de residência e documentação escolar (se tiver).

Para quem não consegue frequentar as aulas da EJA presencialmente, há a possibilidade de se matricular nos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA), localizados em Vitória, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Linhares, ou nos Núcleos de Educação de Jovens e Adultos.

Os Centros e Núcleos oferecem a EJA semipresencial, forma de atendimento em que o estudante recebe os materiais de estudo, tem as orientações presenciais ou por meio da plataforma com os professores e realiza as avaliações presenciais.

Essa forma de atendimento permite que o estudante busque os Centros e Núcleos de Educação de Jovens e Adultos nos dias e horários que tiver disponibilidade.

De ex-aluno da EJA para a Ufes

“O bom da vida é chegar ao fim do dia e poder contar tudo o que aprendeu. Não gosto de perder tempo, dinheiro nem conhecimento. Trabalhando, estudando, já estamos ganhando. Temos que procurar sermos inteligentes, produtivos”. Quem dá a dica é o senhor João Guerra Pinto, de 85 anos, calouro do curso de Gemologia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). José é ex-aluno do Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Ceeja), no Centro, em Vitória.

O também comerciante faz essa declaração com propriedade, já que, ao se aposentar e passar o balcão do bar para seus sucessores, já engrenou nos estudos. “Entrei na EJA em 2023 e concluí os estudos em 2024. Já sabia o que queria a partir dali: prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Hoje, mesmo já matriculado e aguardando o início das aulas, continuo estudando. Tenho vontade de saber, estou habituado a ficar ocupado, é o que gosto de fazer. Para isso, levo uma vida planejada. Assisto às aulas pela internet e, na Ufes, também faço oficina de lógica, informática básica e de dança”, arremata.

Para ser aprovado na Ufes, o sr. João também contou com reforço particular, inclusive, sobre preenchimento de gabarito. “Eu treinava tudo: de como preencher sem errar até o tempo de prova”, finaliza, com orgulho.

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