Cidades

Transmissão de terço com Frei Gilson gera polêmica em comunidade do ES

A controvérsia segue mobilizando fiéis e gerando debates sobre a liberdade de expressão religiosa e a unidade dentro da Igreja Católica.

Por Redação

3 mins de leitura

em 19 de mar de 2025, às 12h17

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

A transmissão das orações do Frei Gilson se tornou motivo de controvérsia em uma comunidade católica de Castelo, no Sul do Espírito Santo. Fiéis da Igreja Santa Rita de Cássia, no bairro São Miguel, afirmam que foram proibidos de exibir as lives do religioso durante o terço da madrugada, decisão que teria sido imposta pela liderança eclesiástica local.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após áudios de fiéis indignados circularem em grupos de mensagens. Segundo relatos, a orientação teria partido da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, liderada por Dom Luiz Fernando, o que levou parte da comunidade a protestar contra a medida.

Proibição causa indignação

Um dos membros da igreja expressou sua insatisfação em um áudio compartilhado com outros fiéis. Ele afirmou que a decisão foi recebida com perplexidade, uma vez que a transmissão da live do Frei Gilson havia sido bem aceita pela comunidade.

“Na madrugada de sexta para sábado, organizamos o terço da madrugada com a transmissão da live do Frei Gilson. Colocamos um projetor e deu muito certo. Porém, isso chegou aos ouvidos do nosso bispo, que determinou a proibição dessa prática dentro da igreja”, relatou.

Outra fiel reforçou a indignação e anunciou que a comunidade continuará rezando o terço com Frei Gilson, mesmo que seja necessário se reunir do lado de fora do templo.

“O bispo nos proibiu de transmitir e rezar o rosário com Frei Gilson dentro da igreja. Mas vamos continuar, só que na área externa. Vamos instalar um telão e um carro de som para que todos possam participar”, afirmou.

Paróquia esclarece decisão

Diante da repercussão, o pároco da Paróquia Nossa Senhora da Penha, Frei Antônio Rabanal, esclareceu que a decisão partiu dele, e não do bispo da diocese. Segundo ele, a proibição não se refere à oração em si, mas sim à transmissão do conteúdo nas redes sociais da igreja.

“O bispo não proibiu ninguém de rezar o Rosário em Santa Rita de Cássia. Essa orientação foi minha, porque tudo que leva à divisão vai contra a Igreja e contra Jesus Cristo”, declarou o religioso.

Frei Antônio também destacou que a polêmica em torno de Frei Gilson, que diverge em alguns pontos das diretrizes do Vaticano, poderia causar desentendimentos dentro da comunidade.

“O pecado não foi rezar. O problema é divulgar no Instagram quando sabemos que muitas pessoas são contra esse Frei, que tem coisas maravilhosas, mas que também entra em conflito com as decisões da Igreja”, concluiu.

A controvérsia segue mobilizando fiéis e gerando debates sobre a liberdade de expressão religiosa e a unidade dentro da Igreja Católica.

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