Segurança

Pastor é preso por estuprar adolescentes em Anchieta

De acordo com a delegada Luiza Jacob, da 10ª Delegacia Regional de Anchieta, as investigações foram iniciadas em setembro de 2024, após a mãe de uma das vítimas registrar um boletim de ocorrência.

Redação Redação

imagem ilustra policia em anchieta
Foto: Reprodução | PCES

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da 10ª Delegacia Regional de Anchieta, prendeu, na última sexta-feira (25), um pastor de 49 anos, suspeito de usar artifícios religiosos e sessões de hipnose para abusar sexualmente de adolescentes do sexo masculino. O suspeito realizava cultos e sessões de hipnose que ocorreram em diferentes locais: em três casos, na sua residência, e em um deles, no banheiro de uma igreja local.

A prisão foi realizada no distrito de Maimbá, em Anchieta, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva relacionado ao crime de estupro de vulnerável, expedido pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Anchieta.

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De acordo com a delegada Luiza Jacob, da 10ª Delegacia Regional de Anchieta, as investigações foram iniciadas em setembro de 2024, após a mãe de uma das vítimas registrar um boletim de ocorrência.

“Teve ao menos quatro vítimas, todas do sexo masculino e maiores de 14 anos. O suspeito apresentava um modus operandi específico, utilizando artifícios religiosos para enganar as vítimas. Ele realizava cultos e sessões de hipnose em diferentes locais: em três casos, na sua residência, e em um deles, no banheiro de uma igreja local. Durante esses encontros, o homem dizia que realizaria “curas” e submetia os jovens a sessões de hipnose. Explorando o estado de vulnerabilidade das vítimas durante a hipnose, os abusos ocorriam”, explicou a delegada.

Embora as vítimas fossem maiores de 14 anos, o caso foi enquadrado no artigo 217-A, §1º, do Código Penal, que considera vulnerável quem não pode oferecer resistência, mesmo sem uso de violência física ou grave ameaça, como ocorreu neste caso durante as sessões de hipnose. “Nesse caso, embora não tenha havido violência física ou grave ameaça, as sessões de hipnose criavam uma situação em que as vítimas estavam impossibilitadas de resistir. Foi com base nisso que a conduta foi enquadrada como estupro de vulnerável, conforme entendimento da Polícia Civil e do Ministério Público”, explicou a delegada.

Após os procedimentos de praxe, o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.

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