Investimentos em saúde superam R$ 3 bilhões em 2025, afirma secretário
O investimento total até o momento é de R$ 3,3 bilhões. Desse montante, 74,4% são de recursos próprios, 23,5% de recursos da União e 2,1% de outras fontes
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O Estado investiu mais de R$ 2,5 bilhões em ações e serviços públicos de saúde com recursos próprios nos dois primeiros quadrimestres de 2025. O valor equivale a um investimento de R$ 606 por habitante no período. A informação é do secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, que nesta terça-feira (30) prestou contas sobre os trabalhos da pasta no período de janeiro a agosto de 2025, em audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Ales).
O investimento total até o momento é de R$ 3,3 bilhões. Desse montante, 74,4% são de recursos próprios, 23,5% de recursos da União e 2,1% de outras fontes. A maior parte dessa despesa é alocada em assistência hospitalar e ambulatorial, foram mais de R$ 2,8 bilhões gastos esse ano. Em segundo lugar ficam as despesas com suporte profilático e terapêutico, totalizando mais de R$ 154 milhões.
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Infraestrutura
O gestor deu destaque a duas grandes obras em fase de execução. Uma delas é o Complexo de Saúde Norte, que está sendo construído em São Mateus, e contará com 340 leitos. A obra orçada em R$ 367 milhões já teve 69% de sua execução física concluída. A previsão de conclusão é para março de 2026. Já o Hospital de Cariacica contará com 408 leitos. Dos R$ 226 milhões que serão investidos, R$ 109 milhões já foram executados. A conclusão está prevista para novembro de 2026.

“Esses dois hospitais somados são mais de R$ 500 milhões de investimento na saúde. Nós também estamos construindo, para ajudar na atenção primária dos municípios, 108 unidades básicas de saúde (UBS), um investimento de mais quase R$ 300 milhões. Estamos trocando ambulâncias nos municípios, reformas de unidades de saúde nos municípios. Então, a gente está passando de R$ 1 bilhão de investimentos na saúde para fortalecer tanto a atenção primária quanto a atenção hospitalar”, destacou o secretário.
Hoffmann ressaltou que esse volume de investimento só é possível graças à boa gestão fiscal do governo. “Esses investimentos só são possíveis porque nós temos um Estado organizado, um Estado que mais uma vez é premiado com a nota A da gestão fiscal. O único Estado que é nota A desde 2012, quando essa nota foi instituída no governo brasileiro”, avaliou.
Teleconsulta
De acordo com o gestor, a modalidade de teleconsulta, aquela em que o paciente é atendido remotamente por um especialista, está presente em todas as cidades capixabas. “Nós já temos as salas de teleconsulta, por exemplo, que são consultas com médicos especialistas, nos 78 municípios do Estado. Entramos numa fase agora também de abrir salas de teleconsulta nos distritos dos municípios maiores, então a gente está expandindo a quantidade de salas, aproximando a saúde de alta complexidade do cidadão capixaba”, afirmou.
O atual contrato prevê a realização de mais de 197 mil teleconsultas, com um investimento de R$ 8,8 milhões. A expectativa do secretário é que todos esses atendimentos sejam realizados ainda em 2025. As especialidades atendidas por essa modalidade são: cardiologia, endocrinologia, nefrologia, ortopedia, psiquiatria, reumatologia, neurologia, gastroenterologia e urologia.
Cirurgias eletivas
A meta do programa OperaES de realizar 130 mil cirurgias eletivas por ano já foi quase batida. Foram mais de 123 mil procedimentos cirúrgicos realizados, totalizando mais de 94% da meta anual e uma média de 457 procedimentos por dia. “Em 2019, por exemplo, um pouquinho antes da pandemia, nós fazíamos pouco mais de 25 mil cirurgias por ano. Ano passado nós fizemos 153.400 cirurgias, multiplicamos mais de seis vezes a quantidade de cirurgias. Esse ano vamos ultrapassar 160 mil cirurgias e vamos fazer mais de 1 milhão de consultas”, pontuou o gestor.
Conclusões
A audiência pública foi conduzida pelo presidente do colegiado de Saúde, deputado Dr. Bruno Resende (União). O parlamentar destacou que a principal função da prestação de contas é a de dar transparência aos investimentos feitos pelo Estado na área. “A ideia é dar transparência, é mostrar para a população, mostrar para os fiscais do povo, que são os deputados estaduais, e para toda a sociedade capixaba, para onde está indo o dinheiro”, avaliou.
“Como é que estão os investimentos e como é que estão também as propostas futuras desses investimentos. A gente vai debater daqui a pouco a lei orçamentária aqui na Casa, que vai justamente prever esses investimentos para o próximo ano. Então nós temos que ter esse planejamento, saber para onde a nossa rede está indo, onde ainda estão os gargalos da saúde, para que a gente possa reverter o dinheiro de fato em assistência para a sociedade. Esse é o propósito”, acrescentou.
“Nosso governador tem dado essa direção de uma maneira muito responsável, a rede tem evoluído. Se a gente comparar o Espírito Santo ao resto do Brasil, nós estamos muito bem. Se a gente comparar a saúde capixaba com aquilo que eu acho que é o ideal, nós ainda precisamos crescer muito, e para crescer, tem que ter planejamento. A responsabilidade fiscal é fundamental para a gente não jogar dinheiro no ralo. Acho que estamos no caminho certo, evoluindo com a saúde, mas ainda temos um trilho grande a percorrer”, concluiu o deputado.