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Política

Deputados debatem amparo do poder público a hospitais filantrópicos no ES

Com ampla atuação na assistência de média e alta complexidade, como cirurgias e exames, setor reclama que SUS não consegue suprir custeio dos serviços hospitalares

Por Redação

3 mins de leitura

em 12 de mar de 2024, às 15h15

 Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A importância e a necessidade de apoio aos hospitais filantrópicos do Espírito Santo estiveram em pauta, nesta terça-feira (12), na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).

O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (Fehofes), Fabrício Gaeede, apresentou os dados referentes a 2023. No total, são 35 hospitais filantrópicos presentes em 30 municípios capixabas, sendo 33 deles associados à Fehofes.

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Gaeede destaca a ampla atuação do segmento na assistência médica de média e alta complexidade, como exames especializados e cirurgias. No serviço de oncologia o segmento representa 96,5% do total de atendimentos ambulatoriais.

De acordo com ele, “é impossível pensar uma atenção oncológica no Espírito Santo sem a participação dos hospitais filantrópicos. Estamos falando de radio e quimioterapia, atendimento ambulatorial e todo o acompanhamento desses pacientes”, afirma.  

Segundo Gaeede, 55% dos transplantes de órgãos são realizados por filantrópicos no estado. O destaque fica por conta dos transplantes de células-tronco e dos transplantes de córneas com 100% dos procedimentos realizados pela rede.

O gestor ainda ressaltou os indicadores de desempenho em grau de excelência alcançados por unidades do Espírito Santo, segundo a Organização Nacional de Acreditação. “Hoje temos dois hospitais filantrópicos certificados com o ONA nível 3 e outros 12 hospitais em processo de certificação de qualidade de seus processos”, disse.  

Aporte financeiro para hospitais filantrópicos

Os hospitais filantrópicos são responsáveis por atender 75% das internações de alta complexidade da rede pública de saúde no estado.

Em relação aos desafios enfrentados pelo segmento, Gaeede apontou o subfinancimento dos serviços realizados pela rede pública. De acordo com ele, a tabela SUS de repasses financeiros para custeio dos serviços hospitalares estabelecida pelo Ministério da Saúde é defasada. “Um procedimento que nos custa em média R$ 1.500, por exemplo, um parto, o repasse aos filantrópicos é de cerca de R$ 600 a 700. Então, o restante do valor precisa buscar em outras fontes para conseguir cobrir”, afirmou.

Poder público X hospitais filantrópicos

O presidente da comissão, Dr. Bruno Resende (União Brasil), falou do papel do Legislativo em fiscalizar e amparar o setor. “Hoje nós temos dados robustos para dizer que o serviço que é prestado pela rede filantrópica é um serviço que tem passado por melhorias a todo momento. É nosso dever estar ao lado dessas instituições, mas cobrando para que o melhor serviço sempre seja ofertado à população capixaba”, concluiu.

A reunião marcou o Dia Estadual dos Hospitais Filantrópicos (11 de março) e contou com a presença dos deputados Hudson Leal (Republicanos) e Zé Preto (PL), além de diretores e representantes de hospitais filantrópicos do sul do Estado e da região metropolitana.

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