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Segurança

Mata Atlântica em Pé: quase R$ 3 milhões em multas foram aplicadas no ES

Ao todo, 142 áreas foram fiscalizadas entre os dias 9 e 20 de setembro, em seis municípios do Estado

Por Redação

3 mins de leitura

em 02 de out de 2024, às 11h49

Foto: Divulgação/MPES
Foto: Divulgação/MPES

A operação Mata Atlântica em Pé aplicou R$ 2.915.212,05 em multas, sendo 142 áreas fiscalizadas entre os dias 9 e 20 de setembro, em seis municípios do Estado do Espírito Santo.

Segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o resultado da operação foi divulgado durante coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (30). O Procurador-Geral de Justiça, Francisco Berdeal, ressaltou a parceria em defesa do meio ambiente.

“O Ministério Público tem uma atuação muito forte na área do meio ambiente, é uma das nossas prioridades estratégicas e, portanto, essa atuação integrada em diálogo e em sinergia com as demais agências públicas para a preservação do meio ambiente é uma das forças da nossa atuação”, afirmou Berderal.

Na sequência, a Promotora de Justiça Bruna Legora apresentou os resultados da operação, destacando a importância do trabalho realizado. “É importante dizer que a relevância dessa operação não é só combater o desmatamento. Estamos também protegendo cerca de 170 milhões de pessoas que vivem nas regiões de Mata Atlântica, recebendo os serviços ambientais desse bioma tão importante. Então é sobre desmatamento, biodiversidade e proteção de vidas humanas”, enfatizou.

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Durante a operação, foram fiscalizadas áreas nos municípios de Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço, Ibitirama, Iúna, Irupi e Linhares. No total, 251,43 hectares foram monitorados, entre os quais, 211 hectares foram embargados. A operação somou 80 autuações e apreendeu 3,946 m³ de madeira nativa, 352,34 m³ de material lenhoso e uma motosserra.

Parcerias

Além do MPES, participaram da operação o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), o Núcleo de Operações e Transportes Aéreos (Notaer), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH).

O Diretor-geral do IDAF, Leonardo Monteiro, pontuou a eficiência do trabalho dos especialistas que atuam na Central do instituto, que conseguiram levantar os dados para a Operação em apenas 16 horas. “Com dois dias de trabalho, já tínhamos o levantamento dos pontos de desmatamento ilegal já mapeados. Esse trabalho que estamos fazendo aqui no Espírito Santo não acontece em nenhum outro estado e com certeza, fortaleceu esta edição”, afirmou.

Já o diretor-presidente do IEMA, Mário Louzada, destacou a atuação do instituto na operação. “Essa é uma operação de extrema importância para mantermos, de fato, a nossa Mata Atlântica em pé. Todos os órgãos aqui presentes estão trabalhando para frear o desmatamento, com ações como essa. O IEMA fica grato de participar dessa oportunidade e está sempre pronto para participar de outras operações quem vierem. Também atuaremos junto aos municípios, verificando de perto principalmente as situações de parcelamento de solo, que são em geral grandes causadoras de desmatamento”, ressaltou.

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