Movimentações partidárias podem redefinir cenário político no ES
Um dos principais movimentos em discussão envolve uma possível federação entre o Progressistas (PP) e o União Brasil, o que, no Estado, reforçaria a base do governador Renato Casagrande (PSB) nas eleições de 2026.

As articulações para a formação de novas federações e fusões partidárias estão movimentando os bastidores da política nacional e podem ter desdobramentos diretos no Espírito Santo. Um dos principais movimentos em discussão envolve uma possível federação entre o Progressistas (PP) e o União Brasil, o que, no Estado, reforçaria a base do governador Renato Casagrande (PSB) nas eleições de 2026.
União Brasil já está na base governista
O União Brasil integra o grupo político de Casagrande, que é cotado para disputar uma vaga no Senado no próximo ano. O plano principal da base governista é lançar o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) como candidato ao governo estadual.
Atualmente, o União Brasil é presidido pelo secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, que deixará o cargo em breve. A legenda também conta com o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, que já declarou apoio a Casagrande. Outro nome de peso na sigla é o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, que deve reassumir o comando do partido e é apontado como um possível candidato à sucessão do governador.
PP pode ter que definir posição
O Progressistas, por sua vez, mantém uma posição mais ambígua. O presidente estadual do partido, deputado federal Da Vitória, tem proximidade com Casagrande, mas também com opositores, como o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que já se movimenta como pré-candidato ao governo estadual. A sigla ocupa a vice-prefeitura de Vitória, com Cris Samorini, e abriga o deputado federal Evair de Melo, um dos principais críticos de Casagrande e que sinaliza interesse em disputar o Senado.
Caso a federação com o União Brasil se concretize, o PP precisará assumir uma posição mais clara no Estado, o que pode gerar desdobramentos internos, especialmente para Evair de Melo, que atualmente percorre o Espírito Santo ao lado de Pazolini e poderia ser forçado a buscar outro partido.
PSDB e Republicanos ensaiam fusão
Outro movimento em curso envolve o Republicanos, que chegou a ser cogitado para a federação com União Brasil e PP, mas recuou. Agora, segundo a imprensa nacional, há conversas para uma possível fusão entre Republicanos e PSDB, o que poderia causar um grande impacto no Espírito Santo, já que uniria uma sigla de oposição com outra governista.
Apesar disso, a tendência mais forte no momento é a formação de uma federação entre PSDB, Podemos e Solidariedade. A resistência de lideranças tucanas a uma fusão completa tem sido um dos principais fatores que impulsionam esse caminho.
Fim da federação PSDB-Cidadania
Enquanto novas alianças são negociadas, a federação entre PSDB e Cidadania caminha para o fim. Ambas as siglas já manifestaram interesse em encerrar a parceria, restando saber se isso ocorrerá apenas em 2026, como previsto, ou se haverá um rompimento antecipado com aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As definições dessas articulações devem ocorrer nos próximos meses e podem redesenhar o cenário político capixaba, influenciando diretamente a disputa pelo governo estadual e pelo Senado em 2026.
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