Política Regional

Dr. Bruno Resende defende radioterapia como prioridade em Congresso

Dr. Bruno participou da Mesa e do principal painel do 27º Congresso da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), que pela primeira vez se realiza em Vitória

Redação Redação

Foto: Renilson Chagas

O deputado Dr. Bruno Resende, que é médico radio-oncologista e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, defende que o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, edite uma Medida Provisória pautando a radioterapia como prioridade no país, considerando os grandes vazios assistenciais no Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

Dr. Bruno participou da Mesa e do principal painel do 27º Congresso da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), que pela primeira vez se realiza em Vitória, entre os dias 30 de julho e 2 de agosto, reunindo cerca de mil profissionais de todo o Brasil e também da Europa e de outros países como Estados Unidos e Canadá. É o maior evento do gênero da América Latina.

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“A grande questão é que falta sustentabilidade dos serviços de radioterapia no país. As tabelas do SUS não são reajustadas há mais de 10 anos. Todo o equipamento da radioterapia é importado, não temos indústria nacional, e o custo é atrelado ao câmbio. Então, o dólar mais que dobrou ao longo desse período, sem contar a inflação do país. Sem a sustentabilidade dos serviços, não podemos falar em tratamento moderno e adequado para a luta contra o câncer. Estamos falando de dignidade no tratamento contra a doença”, afirma Dr. Bruno.

Mortes por falta de radioterapia

No painel realizado no dia 31, no Centro de Convenções de Vitória, do qual participou o Dr. Bruno Resende, o coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto Carvalheira, apresentou dados mostrando que o Brasil já registrou, em um ano, 5 mil mortes devido à falta de radioterapia, em levantamento realizado em 2016. A média nacional de distância até um centro de radioterapia no país é de 167,1 km.

O coordenador-geral destacou ainda a importância de iniciar o tratamento logo após o diagnóstico. Dos pacientes que apresentam atraso no tratamento de câncer, 30 a 60 dias, o aumento da mortalidade na fila varia de 6% a 8%. No caso de atraso maior que 60 dias, esse aumento sobe para 12% a 16%.

Além do coordenador do Ministério da Saúde, também participaram do painel com Dr. Bruno Resende o presidente da SBRT, Gustavo Nader Marta; a médica Raquel Guimarães, do INCA – Instituto Nacional do Câncer; e o coordenador do departamento de Radioterapia do Hospital de Amor de Barretos, Marcos Mattos, entre outros.

Dr. Bruno Resende faz um balanço positivo do Congresso: “Penso que foi um momento histórico para o Espírito Santo, que pela primeira vez recebe o encontro da Sociedade de Brasileira de Radioterapia, reunindo os maiores especialistas da área. É um orgulho para mim, como capixaba, como médico e como deputado, ver que o Estado sai fortalecido não apenas na medicina, mas também no turismo, valorizando nosso Estado e a nossa Capital”, disse o deputado.

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