Magno Malta se acorrenta no Senado em protesto: "Não saíremos desse lugar"
"Nós nos acorrentamos para dar uma clara lição ao presidente do Senado: não sairemos desse lugar", publicou em suas redes sociais.
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O senador capixaba Magno Malta (PL) se acorrentou à Mesa do Plenário do Senado na última quarta-feira (6), em protesto pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido.
“Nós nos acorrentamos para dar uma clara lição ao presidente do Senado: não sairemos desse lugar”, publicou em suas redes sociais.
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Desde a última segunda-feira (4), a oposição ocupou as mesas diretoras dos plenários do Senado e da Câmara. Entre as reivindicações, a anistia geral e irrestrita para os condenados por tentativa de golpe de Estado, e que seja pautado o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Entenda o caso
A oposição espera barrar o processo no STF por tentativa de golpe de Estado, que alega ser uma perseguição política. Além de enfrentar esse processo, o ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado no inquérito que apura a atuação dele e do filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), junto ao governo dos EUA, para promover medidas de retaliação aos ministros do STF em razão do julgamento sobre a trama golpista.
Segundo a denúncia, o ex-presidente Bolsonaro pressionou os comandantes militares para suspender o processo eleitoral em que perdeu para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A polícia ainda apreendeu planos para assassinar e prender autoridades públicas. Bolsonaro nega as acusações.
Diante do julgamento, o filho Eduardo se licenciou do cargo de deputado e foi aos Estados Unidos, passando a defender sanções contra ministros do STF e ações contra o Brasil. Diante disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de nova investigação para apurar tentativa de obstrução do processo penal contra Eduardo e o pai, Jair.
O Supremo determinou medidas cautelares contra Bolsonaro, entre elas, a restrição ao uso das redes sociais, inclusive por meio de terceiros. Como o ex-presidente descumpriu a decisão do STF nesse domingo (3) ao se manifestar por meio do perfil do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ministro Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
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