
José Carlos Ferreira
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José Carlos Ferreira
A mulher da peruca
Caminhava distraído entre vitrines que piscavam promoções e manequins imóveis. Foi então que, entre uma loja de capinhas e outra de bijuterias, vi aquela vitrine silenciosa. Uma loja de perucas.

José Carlos Ferreira
O abraço como primeiro cuidado
É nesse instante primeiro — no encontro entre pele e cuidado — que o ser humano começa a existir. A confiança nasce antes da linguagem

José Carlos Ferreira
As plantas da minha mãe
Cresci acreditando que minha mãe era esquisita, porque na minha cabeça de criança o bonito estava sempre nas cores das pétalas, nos perfumes de jardim

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Distância segura
Na fila da lotérica, uma mulher começa a chorar. Não é escândalo, apenas um pranto baixo, daqueles que escapam mesmo quando se tenta esconder

José Carlos Ferreira
Quando a falha vira música
A vida tem a mania de esparramar cascas de banana no caminho. Você sai de casa achando que o dia vai ser um manual de instruções

José Carlos Ferreira
Estamos na cultura digital
Muitas vezes ouvimos dizer que vivemos na “era da tecnologia”. Isso é verdade, mas não é suficiente para entender o tempo em que estamos

José Carlos Ferreira
UTI da humanidade
Não leio o mundo a partir de uma ótica pessimista. No entanto, basta acompanhar a edição de um dos telejornais pelo mundo para perceber

José Carlos Ferreira
O silêncio que permanece
Outro dia, enquanto aguardava na portaria, a permissão para uma visita religiosa, em um dos hospitais de Cachoeiro de Itapemirim

José Carlos Ferreira
O tempo do padre
Ainda que o padre ame o chamado, ame as pessoas, ele continua sendo um ser humano. E ser humano, por mais que se esforce, não escapa das regras básicas

José Carlos Ferreira
O silêncio dos pequenos
Em cada gesto simples, em cada silêncio partilhado, senti algo que não se explica, apenas se reconhece: Deus estava ali

José Carlos Ferreira
Nossa dor tem desejo
Meus quase 25 anos no ministério presbiteral — ou simplesmente, na vida de padre — e quase duas décadas como psicólogo já me ensinaram uma coisa com clareza

José Carlos Ferreira
O anjinho da mola quebrada
Aos poucos, a bela Igreja foi esvaziando como água escorrendo da concha. Sobraram os de sempre: os que gostam de conversar, os que aproveitam para ampliar o relacionamento comunitário